Friday, December 5, 2008

LEILÃO DA BOLSA DE ARTE/RJ EM SÃO PAULO











A Bolsa de Arte do Rio de Janeiro realiza o último pregão de sua agenda de 2008 no dia 9 de dezembro, às 21:30hs.
Depois de 12 anos ausente do mercado paulista, os leilões que tradicionalmente tem ocorrido no Rio de Janeiro, voltam a acontecer na cidade de São Paulo com edições anuais a partir deste ano. São 130 lotes, de 89 artistas, com pinturas modernas, pinturas do século XIX e início do século XX, arte sobre papel, abstrata e geométrica bem como esculturas. Todas as obras estão em exibição durante a semana anterior ao leilão, que ocorre em noite única, aberto ao público e com entrada franca nos endereços da Bolsa de Arte no Rio e São Paulo. Os destaques são os trabalhos de artistas como Di Cavalcanti, Beatriz Milhazes, Firmino Monteiro, José Pancetti, Guignard, Krajcberg, Bonadei, Cícero Dias, Hélio Oiticica, Djanira, Iberê Camargo, Vicente do Rego Monteiro, Volpi, Ivan Serpa, Milton DaCosta, Tunga.
De acordo com Jones Bergamin, o leilão servirá para ver se há uma crise real no mercado de arte, e o grande teste são dois lotes: um da artista plástica carioca Beatriz Milhazes e outro do pintor modernista Di Cavalcanti, que podem alcançar valores de até R$ 800.000,00.

Histórico da Bolsa de Arte
A Bolsa de Arte do Rio de Janeiro foi criada no ano de 1970 pelas mãos do empresário José Carvalho. Inovando para os padrões da época, a Bolsa de Arte criou um Corpo de Conselheiros formado por personalidades e colecionadores como Antônio Salgado, Gilberto Chateaubriand, Hélio Beltrão, Jean Boghici, João Condé e José Thomaz Nabuco, entre outros. O principal objetivo permanece inalterado mais de três décadas depois: ativar o mercado de Arte Brasileira através de leilões periódicos. A grande estréia foi durante um luxuoso leilão acontecido no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
Em 1973 José Coimba passa a responder pela direção administrativa. No mesmo ano o escultor Bruno Giorgi propõe a realização de uma exposição dedicada à memória do fundador da Bolsa de Arte, José Carvalho. Em 1985 Jones Bergamin assume a presidência da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro. Nos últimos 30 anos, uma das principais características da Bolsa de Arte é o rigor profissional na seleção de obras, o que tornou seus leilões uma referência nacional, alçando-os como um verdadeiro termômetro do mercado de arte brasileira.

Jones Bergamin (Nova Prata, RS, 1951) - Empresário Cultural
Autodidata, fixou-se no Rio de Janeiro no início dos anos 70, nessa ocasião prestou vestibular para Física, obtendo o segundo lugar. Trabalhou como marchand independente no Rio e São Paulo. Na década seguinte transforma-se em agente da maior operação já ocorrida no mercado de arte carioca, quando comprou a tradicional casa de leilões e exposições, a Bolsa de Arte do Rio de Janeiro. Atualmente vem desenvolvendo atividades da área de artes visuais entre Nova York, Rio, São Paulo, Buenos Aires, Londres, Paris, acompanhando o movimento de feiras internacionais de arte em algumas dessas cidades. Dedica-se, no Brasil, a montagens de exposições de caráter retrospectivo de grandes nomes nacionais como Iberê Camargo, Joaquim Tenreiro, Mira Schendel, Antônio Bandeira, Maria Polo e Roberto Burle Marx, de quem foi amigo. Instalou em São Paulo a Galeria Bergamin na qual apresentou obras de José Rezende, Milton Da Costa, José Bento, Iberê Camargo, e coletivas temáticas como "Fragmentos - Modernismo na Fotografia Brasileira", "As Bienais", "Através ou A geometria comprometida" e "Arte Cinética - América Latina".

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