Exposição
traça a passagem do tempo por meio de esculturas em barro cozido
O Museu de
Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, equipamento da Secretaria de Estado da Cultura,
exibe Barro Paulista, com
curadoria de Dalton Sala e
expografia de Maria Alice Milliet. A
mostra conta com cerca de 50 esculturas e tem como intenção reapresentar a arte
colonial paulista do século XVII, a partir do acervo do MAS/SP, estudando e mostrando as imagens em terracota (ou barro
cozido) feitas na Capitania de São Vicente, e depois na de São Paulo.
Em uma sociedade onde o poder emanava de ordens
religiosas – especialmente jesuítas, franciscanos e beneditinos -, a produção
de imagens sacras acompanhava a evolução dos costumes, as oscilações econômicas
e as transformações sociais vividas pelos vicentinos e, posteriormente, pelos
paulistas. A exposição Barro Paulista
traz uma série dessas imagens - com
especial enfoque para a produção do período em que as expedições armadas
(conhecidas como bandeiras paulistas) reconheceram, expandiram e defenderam o
território colonial português -, tendo
como destaques cinco esculturas: São Francisco Xavier, São Francisco de
Paula, Nossa Senhora da Purificação, Santo Amaro e São Francisco das Chagas.
O projeto expográfico integrará à mostra alguns altares, caracterizando o culto
doméstico em que estas imagens eram utilizadas, paralelamente à sua presença em
igrejas e conventos.
Para Dalton
Sala, a escolha dos objetos a serem expostos ocorreu em função de uma
tripla perspectiva: pelo valor histórico das peças, enquanto documentos
significativos de um passado importante para a formação do Brasil; Pela
importância do acervo do MAS/SP; E,
por último, pelos valores estético e artístico conferidos em cada obra. Em suas
palavras: “(...) essas imagens são a fina flor da arte paulista e muitas
delas foram feitas entre os séculos XVI e XVII: ou seja, 100 ou 150 anos antes
das imagens em madeira que caracterizam o período do ouro de Minas Gerais,
conhecido vulgarmente como barroco mineiro. Além dessa antiguidade, deve-se
ressaltar a raridade, pois as terracotas são bem menos numerosas que as imagens
entalhadas em madeira”.
Assim, a proposta é reunir esta imaginária cotidiana da sociedade
colonial, evidenciando não apenas seu valor como objetos estéticos e de culto,
mas enfatizando os itens como documentos que nos permitem compreender tal época
em seus múltiplos aspectos.
Exposição: Barro Paulista
Curadoria: Dalton Sala
Expografia: Maria Alice Milliet
Abertura: 29 de abril de 2014, terça-feira, às 19h
Período: 30 de abril a 8 de junho de
2014
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo – www.museuartesacra.org.br
Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São PauloTel.: (11) 3326-5393 - visitas monitoradas
Horário: De terça a sexta-feira, das 9h às 17h, sábado e
domingo das 10h às 18h
Ingresso: R$ 6,00 (estudantes pagam meia entrada); grátis
aos sábados
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